Um cara comum andava pela rua. Quando passou por uma vitrine que estava sempre em seu caminho, parou e olhou. Não se interessou. Nunca se interessava.
O homem comum continuou seu caminho pela rua quase vazia e fria, muito fria. Nem ele mesmo sabia para onde estava indo. Caminhava.
Os passos do cara comum resultavam em um som forte que marcava seu caminho e ecoava pela rua. Eram seus sapatos cravando na eternidade as marcas do seu caminho. Assim acreditava o homem. Caminhava.
Virou uma rua, virou outra. Tirou um volumoso molho de chaves do bolso e separou uma delas sem nem ao menos desviar o olhar de seu caminho, como se as conhecesse pelo toque. Mecânico.
Parou. Abriu a porta. Entrou. Fechou a porta.
Sentou-se em uma banqueta desconfortável. Pensou. Pensou. Pensou.
E o homem entendeu que o que queria era caminhar. Saiu.
Caminhou.
6 comentários:
mandou bem, sejá lá quem for..
é bem a cara do dézão..maas eu nunca esperava essa frase dele: "Eram seus sapatos cravando na eternidade as marcas do seu caminho."
O autor do texto pode se manisfestar?
Fiquei curiosa!
hahaha esses textos do caralho...
e se os gemeos tivessem jogando, sera que o homem caminharia?
fechou os olhos e durmiu...
nem fui eu, pensei que fosse do lucas, mas é legal sim.
a historia dos gêmeos aconteceu de verdade em 1997.
nossa... eu pensei que fosse a irmazinha.
Agora to curioso tb. Ou tem um mentirosao no meio do pessu acima, ou.. misterio.
JR? - pode ser...
Diogo? - tem a senha?
Thiago? - deve ta meio sem tempo pra isso na terra da rainha.
Clélia?
No mínimo fui eu.
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