sábado, 3 de novembro de 2007

Chocolate, chocolate e chocolate...

Há algumas décadas atrás, numa cidadezinha do interior, havia um senhor que era dono de um bar. Seu bar ficava dentro do cinema, o único da cidade, palco de grandes agitações culturais.
Num certo sábado de aleluia (véspera de páscoa), o bar estava com um movimento diferente: dezenas de crianças apareciam chorando, acompanhadas de seus pais desesperados, procurando por ovos de páscoa. A razão do desabastecimento na cidade era desconhecida, e infelizmente o senhor do bar não tinha comprado um mísero ovo de páscoa para vender . Naquele ano, muitas crianças ficaram sem ovos, e o dono do bar ficou decepcionado por não poder atende-las em cima da hora.
No ano seguinte, faltando um mês para a páscoa, o senhor se precaveu: comprou centenas de ovos da marca PAN, esperando vender a todas criancinhas q aparecessem por lá.
O tempo ia passando, a páscoa ia chegando, e os ovos continuavam a enfeitar o bar. Na véspera da páscoa, não apareceu nenhuma criança chorando, apenas os tradicionais espectadores do cinema. De todos os ovos comprados, apenas 3 tinham sido vendidos, e curiosamente para o vizinho do bar.
Não podia ter sido mais catastrófico o desfecho. A páscoa tinha passado e os ovos não foram vendidos. O prejuízo foi enorme, e a quantidade de chocolate era assustadora. Tinham tantos ovos que o dono do bar teve q pedir para o padre da cidade, seu amigo, um espaço em seu porão para guardar uns ovos, já q não cabia tudo em sua casa.
E o que fizeram com tantos ovos? Comeram, é claro.
Todo dia a sobremesa era chocolate. Até no café da manha comiam chocolate, a família e o padre.
Os filhos dele levavam ovo de páscoa de lanche na escola até dezembro, e os amiguinhos deles morriam de inveja da quantidade de ovos que eles tinham ganhado.
Alguns deles até diziam “Como seu pai é legal, o meu só deu um ovo”.
Hoje, passados quase 30 anos do ocorrido, alguns dos filhos não suportam chocolate. A mulher dele então, quase bate em quer aparecer com chocolate (e se for da PAN então, ela mata).


Mas porque contei isso?
Vi os cigarrinhos de chocolate da PAN na foto do zé e lembrei dessa história.

Isso realmente aconteceu, o dono do bar em questão é ninguém mais que meu avô, e minha mãe é uma das filhas.

5 comentários:

André disse...

ahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahahaahahahahaha

Murilo disse...

o foda eh que é serio.

Vovô sem visao

Unknown disse...

uihoiuhuihuihuih
tadiiinho!

Unknown disse...

uhahuauha
é bem legal a historia

Unknown disse...

hahahhahhahhaha
que engraçado