terça-feira, 21 de setembro de 2010
Tu És o MDC da Minha Vida
Saímos da aula loucos pra tomar uma breja. UMA breja. A gente não queria se embebedar, nem queríamos trocar idéia, apenas não agradava a nós a idéia de beber sozinho. O brother sugeriu a vet. Não havia mesas disponíveis (na verdade não existem mesas convencionais por lá), apenas uma s mesonas abandonadas no canto. Ficamos por lá ate aparecer uma rodinha de estudantinhos engomadinhos. Uns caras típicos idiotas carregando um violão num case gigante. Depois disseram que ninguém tocava, o violão era de um amigo que foi embora de ônibus mais cedo. Eles preferiam jogar tênis. La pras tantas chega uma mina desconhecida, de buenas, procurando uma roda pra conversar. Aí, como sempre acontece nesses casos, um idiota resolve tocar. Começa um Wonderwall, horrível. Ruim ate mesmo pros padrões uguianos. Ai um deles fala Alguém sabe tocar? Meu muy brother fala “Ele aqui sabe”. Jogam a viola na minha mão e termino o Wonderwall. Na verdade eu não sei tocar, mas o nível tava tão baixo que me passei pelo violeiro da roda. E então um dos idiotas vira “ Sabe a musica tal do Guns? Ou então um Kiss”. Claro que não, todo mundo odeia Kiss, pensei. Sorte que a mina interrompe “Ah não, Toca algo mais conhecido”. Mandei um Pink Floyd pra agradar gregos e troianos. É sempre uma boa saída, porque é fácil de tocar, e não há indícios de gente de bem que não goste de Pink Floyd. E as musicas vão rolando, e a gente trocando uma ideinha no intervalo entre elas. As vezes ela sugere uma, as vezes eu emendo outra. Passamos pro nível nacional, cada vez mais longe do Kiss. Lá pras tantas ela me olha e diz “Toca Raul”. Raul? “É, adoro Raul”. Porra, eu não sei tocar nada do Raul, na verdade sei o Maluco Beleza, que foi a primeira gravação da gloriosa (sem sucesso), mas nem virava. Aí lembrei de tu és o mdc da minha vida, muito popular nos churras nos tempos que o Thiago rondava pelos trópicos até entrar de vez no repertório do Dezão. Começo a cantarolar e vejo que ela curte, ao contrario da roda, cada vez mais distante. Os caras começaram a não me curtir muito. E eu alimentava a recíproca. E assim fomos indo, eu tocando, ela sorrindo e a galera com preguiça. Aí chega no refrão, na merda do refrão. É comum esquecer alguns os acordes quando não toca a musica por muito tempo, e eu esqueci a porra do fá sustenido. Não lembrava de jeito nenhum, e não dava pra enganar tocando sem ele. Tentei G, E, D e C#m, em vão. Ela, que antes sorria, passou a rir de verdade, um pouco demais até. “porra, tu não disse que sabia?”. É, sabia, deveria saber ou pensava que sabia. “na verdade é a única que achava que sabia”. Ela ri de novo e diz: “entendo...mas foi melhor assim, porque to atrasada, meu namorado tá me esperando na cje, prazer em conhece-lo”. Os idiotas riram com aquele prazer de vitória. E eu, bem, acho que a cena é bem imaginável. Nada mais lixo que e sentir lixo assumindo a lixeza pruns playboys que curtem Kiss.
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4 comentários:
AHAHAHHAHA
se vc tivesse chegado na parte da pepsi cola, pegava
namorados são sempre uns lixos
legal é q teve comentário do Pelé e do Edson
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