sexta-feira, 24 de setembro de 2010

acadmia

A gente vai andando por aí. As pessoas na faculdade gritam pelos corredores. Uns escrevem nas paredes: Que SWU que nada, eu vou é pro Interunesp. E as pessoas andam por aí levantando suas bandeiras.

Quando eu mudei pra Araraquara foi tudo bem engraçado e bem rápido. Eu fui dividir o quarto com o cara que eu conheci no ponto de ônibus no mesmo dia que tava conhecendo a cidade. Na verdade, no segundo dia, se não to enganado. Era uma república de uns 6 ou 7 caras. No primeiro dia que eu voltei da faculdade pra lá jogaram umas cervejas na minha mão e eu tava achando tudo muito simpático. Até que meu preconceito subiu na cabeça e eu não enxergava nada além de uns playboys. Não quiseram cortar meu cabelo nem nada. Mas na primeira semana um cara que não era morador da casa apareceu lá com toda a ideologia de veterano gritando na minha orelha. Eu falei que ele não ia cortar meu cabelo. Não que eu achasse meu cabelo muito legal nem que tivesse muita estima por ele. Mas não podia deixar aquele otário encostar em mim. Eu que nunca briguei, tava mesmo disposto a quebrar a cara daquele maluco caso ele tentasse alguma coisa pra cima de mim. Mas esse cara não morava lá e então eu não precisei brigar/apanhar de ninguém no final das contas. Então eu segui chegando em casa e achando aqueles caras todos uns playboys. A cerveja de garrafa do lado de casa custava R$2,10 e olha que não era nenhum bar de putas de rodoviária. E isso era tudo bem legal. O tempo passou e eu montei outra república com outros caras, um pouco antes daquela acabar, e o lugar virar um estabelecimento comercial. A verdade é que hoje eu me arrependo de umas coisas. Aqueles caras, apesar de playboys, eram bem de boa com a vida. Topavam uma cerveja todo dia e nunca me enchiam o saco, com exceção do não-morador, que merecia mesmo umas porradas. Um virou pai, outro passou num concurso público nível médio por aí, o outro ainda faz jornalismo e tem uma banda, e o resto eu não sei, enfim...

A merda toda é que a eu vivo nesse mundinho de faculdade onde quase todo mundo acredita nas mentiras que eles próprios contam, e quando eu vou falar mal disso me sinto um revoltadinho de 14 anos. Mas algumas coisas compensam. Algumas pessoas compensam. E uns goles com elas compensam também. E a gente vai levando

4 comentários:

andré disse...

a usp não tem interunesp, chupa

Bruno disse...

amigos doentes mentais...

eu acho os posts muito simpaticos, mas é muito foda porque durante minha leitura tenho que imaginar voces 3, dezao moleza e lucão escrevendo a parada...então imagino a situação 3 vezes diferentes...não que seja o caso neste post...mas voces acham muito underground mesmo não assinar essa porra?

Escreve tipo a primeira letra do nome...tipo T de tiririca...

andré disse...

HAAHAHAHHAAHHAAHAHHAAHAHAHHAAHAHHAAHAHAHAHHAAHAH

d disse...

hauhauhauhauhauhau