Nas últimas décadas, apesar de ter ocorrido o enrijecimento das instituições democráticas, a população brasileira ainda não foi capaz de traduzir tal palavra – democracia – como está descrita no dicionário Aurélio: “governo do povo; soberania popular”, “as classes populares; povo, proletariado”. Impera no inconsciente coletivo a falsa verdade de que política é instituição onde o esperado é apenas o favorecimento da classe com alto poder aquisitivo.
Não existe, atualmente, a lucidez do que seria o real exercício da democracia – e que ela, se exercida, poderia permitir o alcance do poder pelo proletariado – e tampouco o conhecimento de que o termo “política” deriva-se de “polita”= “cidadão” no grego, e o seu significado, expresso, também no Aurélio, pode ser: “habilidade no trato das relações humanas, com vista à obtenção dos resultados obtidos” e não, como se crê, que essas relações humanas sejam o instrumento para que o poder permaneça eternamente nas mãos da aristocracia.
Todas essas insciências são elementos contribuintes para a manutenção do sistema Neoliberal, que favorece a redução do estado na esfera social, e são evidências da imobilidade frustrante diante de atos de corrupção cometidos na câmara dos deputados e do enfraquecimento constante dos movimentos sociais e sindicatos. Isso garante a sobrevivência das relações de poder patrionalista, como no Brasil colônia, onde as instituições funcionam para quem tem patrimônio.
Dessa forma, a verdade impressa na mente da população é que fazer política não é defender o interesse da nação e sim dos grupos que se mantêm no poder em busca de favorecimento pessoal. E o sistema educacional do país, na intenção do enraizamento da estrutura da sociedade tal como ela é, gera cidadãos iletrados, inscientes, e com a aceitação de ser natural, numa sociedade, a divisão de classes em ricos e pobres.
Isso tudo é ambiente propício para a sobrevivência da ideologia liberal, que tão distante está de investir no social, continuar privilegiando as classes altas e para distanciar, cada vez mais, da lucidez da possibilidade do desmantelamento da cultura patrionalista que está na base da nossa formação histórica.
Obrigada pela atenção!
Muita paz, amor, liberdade e infinidade!
Paula Cicolin
4 comentários:
humilhou
se pa eu nem acredito numa democracia...
ps.: a paula foi a unica que assinou um post..achoq ue é pra nao ser confundida com a gentalha
hauuhauhauhahua
de nada, irmazinha.
humilhou...
se pa meeeesmo nenhum sistema funciona (NEM mesmo o anarquismo)
apesar de tudo eu continuo sendo um bobão que acredita que do nada tudo vai começar a funcionar corretamente.
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