quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ruas


A escura rua me embotava a cada passo.
Cada esquina superada me lembrava a vida amarga.
Um cigarro aceso me aliviava.
Um trago, um passo, um suspiro.
A escura esquina me aliviava.
Cada passo dado me embotava.
Um cigarro aceso me lembrava a vida.
Os muros intermináveis sumiam na escuridão.
Os pensamentos eram fumaça.
O corpo era carcaça.
E as ruas não terminavam.

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