terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As próximas horas serão muito boas

É nois. Fiquei um tempo do caralho sem escrever, assim como todo mundo. Tenho passado uns tempos ocupado demais, outrora ocupado de menos, e o blogao parado, esquecido. Hoje, no busão, me deu uma vontade do caralho de escrever. Tava tudo pans, eu voltando para o recomeço de umas férias com data pra não terminar, uma pedrada nos ouvidos, um parceiro de banco que não se mete a conversar, tudo tranquilo.
É foda quando eu quero escrever e não tenho o teclado em mãos. O resultado depois nunca fica a mesma coisa. Meu vo adora contar uma historia de um poema de camões que ele se meteu a interpretar diferente da professora com o seguinte argumento: inspiração é como vapor na caldeira, ou sai ou explode. Pois bem, afetação do vovô (em certa medida herdada por mim) a parte, a coisa é mais o menos assim, tem que ser feita na hora que vem na cabeça. E a professora deu razão pra ele. Eu também.
Enfim, eu queria dizer que eu lembrei daquele texto famoso Sei Lá Lanches, com uma ilustração do Rogério ceni fazendo cavadinha. Eu to me sentindo como o lucao autor a época, parece que tudo ta bem, tudo tranqüilo, o sol é tão bonito, como diria o Caetano. Mas pra todo Caetano tem um Belchior, e o sol não é tão bonito pra quem vem do norte. O resultado do Sei La Lanches foi catastrófico, como até o mundo mineral sabe. Eu realmente acho que acreditar nas coisas é pedir pra coisa cheirar. Minha mãe também fala isso. Se pa é bom então parar de falar merda. Mas eu também odeio superstições. Não que eu ache isso uma superstição. Aliás, ate é, quer dizer, não foi isso que eu quis dizer. Foda-se, eu deveria ter escrito do busão, agora é tarde. A inspiração já saiu da caldeira e só sobrou a cevada fermentada ao meu lado. Como diria mestre brubs, agora eu não quero mais entender, só quero assistir.


e o título é uma homenagem a uma super banda

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

sobreviva

Eu tava escrevendo com uma frequencia muito maior. Mas travei. Sentia que precisa escrever. Nem que fosse pra deixar salvo numa pasta desse lixo de computador ou deletar o arquivo um tempo depois. Sem me preocupar com a afetação disso tudo. Mas simplesmente eu tava travado. Passei uns dias em taubaté e tinha certeza que ia escrever um texto comparando dois rolês que aconteceram lá: um role hippie selvagem e um rolê que acontecu/começou em um apartamento com uns playboys dançando na frente da televisão num nintendo wee. Eu simplesmente travei na hora de escrever. E não to afim de ir atrás de motivos. O Dito me ligou e eu renovei meu emprego por mais um ano. Eu já tinha desencando e tava me considerando um desempregado. Eu fiquei feliz e fiquei puto em dois minutos depois por ter que aparecer aqui e viver na solidão por 2 meses em espaços de quatro dias. Eu posso até tentar falar do rolê das pessoas dançando. Entrei no apartamento e aquele ar preconceituoso me dominou. Ok, sou um lixo. Ouvi meninas falarem sobre investimentos na bolsa e tudo o mais. Não que eu seja hippie como as pessoas do rolê primário, mas eu também nao tô nenhum pouco afim de falar sobre investimentos, apesar deu querer ganhar dinheiro pra pagar um aluguel e algumas contas. Eu tive sorte, e pessoas do meu lado também nao tavam nem aí. Eu sou menino o suficiente pra querer entrar no site da uol pra saber pra qual clube o Ronaldinho Gaúcho foi. Fodase. Hoje eu tô aqui, na verdade eu to
aqui desde terça e eu nao aguento mais os onibus e rodoviárias. Mas na verdade eu aguento muito mais. Porque a gente sempre aguenta muito mais. É tempo de chuva. Ontem eu resolvi dar um rolê nessa solidão. Andei até o sesc. Li umas revistas e tentei arriscar um Rubem Fonseca que tava lá na breve biblioteca sesciana. Na moral, achei o Rubem Fonseca bem mais ou menos, e por tudo que ouvi falar dele, espero que eu tenha pegado um livro errado. Mini textos com uma sensibilidade forçada e uma malandragem tosca. Acho que o livro se chamava Amor, e tinha uns contos de 4 páginas cada um em média. Trabalhar tá bem tranquilo, mas promete ficar complicado com a mudança geral que ta acontecendo aqui. Mas por enaquanto tá tranquilo e eu to chegando meia hora mais tarde e saindo meia hora mais cedo, e isso tudo legitimado! Hoje resolvi tomar umas no bar antes de caminhar até o sesc novamente. NIsso o relógio já marcava umas 7 e pouco. A chuva nao tinha dado trégua das 9 as 13h. O que me deixava tranquilo quanto a um banho no meio da rua. Mas eu tava andando do lado oposto da ciclovia e as nuvens começaram a pesar. Resolvi voltar pro bar depois de 5 minutos de caminhada. Foi uma atitulde adulta! Realmente eu voltei pro bar e dali 5 minutos a chuva chegou com tudo e eu me senti um caipira esperto e seco e entendedor da nautureza. A tia Lila me conta sobre vender fiado. Ela fala algo do tipo: se o vacilão vem aqui e me fala que ta com fome, eu dou uma coxinha e ele some, mas o que me irrita é esse papo diário de que tô sem grana e nunca paga...Um dia o Brubs disse: Esse formato de: então me vê mais uma brahama e o post termina já encheu o saco. é bem capaz que ele tenha razão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

bbb

peruano: o pessoal aqui gosta de reallity show, né?
eu: é, esse já é o oitavo big brother.
peruano: oitavo!!!
eu: lá não tem big brother?
peruano: lá só teve um, mas ninguem gostou, todo mundo sacou que era tudo armado.

bom 2011, i love u all

Porta do guarda-roupas aberta. Vejo uma pilha de revistas lá. Nunca vou ler. Tudo bem. Elas ocupam um espaço nada precioso, então that´s ok. To em casa, semi-bebado, e tomando uma original de garrafa do meu pai. Ele comprou meio fardo no mercado. 12 garrafas. Nada mal, não é sempre que se toma original. O problema é que ja tinha ido 9, e quando ele ver que a 10ª se foi, ele vai sacar que fui eu e vai se preocupar com meu alcoolismo. Essa é a grande merda: eu sei que ele vai perceber, e ele sabe que eu sei que ele vai perceber, ainda mais que eu não vou conseguir parar nessa e vou mandar umas latinhas. No meio disso tudo é que me dá vontade de largar a pinga um tempo. Quem sabe eu escrevo sobre outras coisas além da pinga? Apesar que eu escrevo sometimes. Escrevi o post sobre a infância e meus irmãos ficaram bem felizes, apesar da porra ser centrada em mim. Fiquei feliz.

Achei o meu carregador depois de um mês! Não tava tão difícil, e então percebo que me esforcei só quando precisei mesmo. Amanhã tenho umas 4 horas de estrada e fones de ouvido serão muito oportunos. Engraçado que quando eu falo 4 horas de "estrada" parece que eu to querendo pagar uma de malandro, mas não. Vou só pegar um busão (2 na verdade), e não to indo pra puteiros sujos em cidades malucas, nem pra hoteis vagabundos com paredes descartaveis nem nada. Continuo mantendo o espírito "malandro comedor de paçoquinha" que me trouxe até aqui.