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O despertador não falha, e promete ser assim daqui pra frente. Ele me avisa que é hora de escovar os dentes e andar até o encontro dos otários do segundo ano, alguns se orgulham de suas caras de sono, outros se orgulham pelo bafo de álcool, e eu me orgulho de nao cumprimentar nenhum deles, e assim caminhamos harmonicamente. São só duas horas de aula que na verdade são uma e meia. Depois disso zeladoria, que é onde eu tô agora, e quase tudo aqui é mais legal que os otários do segundo ano. Eu penso no almoço e penso em depois do almoço, quando cumprimentarei os caras do primeiro ano, num clima muito mais amistoso do que o segundo ano, mas sem nenhum entrosamento. Voltar pra casa pro almoço e encontrar ela de pijama faltando da aula me deixa muito tranquilo. Hoje vai ter macarrão de ontem, a não ser que eu seja surpreendido. O Junão percebe que hoje eu nao to afim de trabalhar e gentilmente fecha a porta da salinha pra ninguém me pedir trabalhos, pra completar a camaradagem me traz um chá da copa, que visão do junão! É quinta-feira e eu dedico grande parte dos meus pensamentos pro São Paulo e Inter de hoje a noite, tentando ignorar o óbvio e esperando ser surpreendido, seria como um strogonoff no almoço de hoje, mesmo sabendo que nao tem nem creme de leite no armário. Pra amanhã nada mais natural do que uma ressaca do jogo de hoje, e uma volta pra limeira cansativa, porém recompensada (se deus quiser) por um jogo no sábado seguido do bar mais tarde, onde a gente pode ficar quieto, gritar, ser mais idiota que os caras do segundo ano, fazer flexões, com a certeza de que tá tudo bem.