Quando era criança, minha mãe me ensinou a respeitar os limites dos outros. Eu aprendi por conta própria a desrespeitar os meus. No colégio eu era sempre um dos melhores alunos da classe até passar a desconfiar do que me ensinavam por lá. Então passei a ser apenas o cara que tirava a nota exata pra não reprovar. As pessoas se esqueceram de mim e eu conseguia me manter discreto e me dar ao luxo de não pensar mais neles. Eu cresci e percebi que todas as pessoas bem sucedidas estavam dispostas e abertas a negociações. Então entendi que jamais jantaria no mesmo restaurante que eles. Minhas opções e convicções me transformaram num sujeito triste na maior parte do tempo. Então decidi que não ia tentar persuadir mais ninguém. Fico apenas desse lado da janela olhando as pessoas dançando felizes do lado de lá. Viro as costas para elas com a certeza de que o lado de cá pode até não ser o mais divertido, mas é o lado que escolhi estar. E a possibilidade de escolher não é pra qualquer um.
Bortolotto
5 comentários:
esse é bom, dá um pau no da mina verde.
ééé... mina verde nem rola
mario humilhou!!!
mina verde???
vai saber...
leia o post "postagem matinal", que os dois malucos lixos nao gostaram
Ah, Mario e todos/as vocês, uma pergunta apenas (mais de uma, aliás): existe essa coisa de "opções e convicções nossas"? Ou tudo que a gente pensa e sente é resultado do que a sociedade ensina pra gente?
Bjkas, da tia blogueira.
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