eu tava na fila do caixa do mercadinho. vi que o Marcos tava chegando. Não sei quanto a voces, mas Marcos pra mim é um nome formal muito genérico, parece que todos sao muito distantes, mas tbm to com medo de daqui uns minutos me lembrar que meu melhor amigo chama Marcos. (Desculpa Marcos, caso você exista).Enfim, eu nao queria cumprimentá-lo. E imaginei que Marcos também nao quisesse me cumprimentar. Foi então que fiz umas contas, se eu ficar olhando pra baixo, 100% do tempo, e só levantar a cabeça quando chegar minha vez, era certeza que nao teria que cumprimentar o Marcos. Eu não teria que responder oque tava fazendo da vida, nem que contar que ainda pego aquela mina, nem que o São paulo é muito ruim.E talvez nem que o corinthians fosse tão bom no marketing e na pegação de rola do presidente limeirense comedor de amiguinha do luciano huck.
Então, só pra me sentir parte do mundo e pagador de impostos, resolvi dar duas olhadelas pra cima. E pensei que se marcos tivesse a mesma prudência, olharia somente umas duas vezes pra cima, e a chance de nos falarmos seria minima, contando que uma olhadela é uma coisa hiper rápida e a caixa du supermercado nao fosse tão rapida quanto o massa-lingua-presa-na-rola-do-galvao-bueno. Mas Marquinhos adotou outra postura, a de ficar 100% do tempo olhando pra mim, fazendo com que minhas poucas olhadelas me custassem tão caro. Marcos, se voce for o meu melhor amigo, nao quero mas ser o seu melhor amigo.
Importante: o mercado era pequenininho e só tinha um caixa.
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Eu e seu reinaldo no carro [new, new car ever] e eu começo batucar com a unha do lado de fora do carro. uma musica bem besta, tipo "comprei uma panela de pressão, só pra ver se eu cozinho mais de pressa", com assobios que nao deixam dúvidas de qual clássico está rolando na cabeça.
O que seu reinaldo faria?
hipotese 1. Pediria gentilmente-assustadamente que eu parasse, porque isso danificava a lataria.
O que luiz Carlos faria?
HIPOTESE UNICA: Nao falaria nada. Formaria uma linha de pensamento semelhante a que segue:
Ele ja é bem grandinho, Tem noção de como funcionam e como se relacionam superficies e objetos pontiagudos típicos de quem rói unha. Partindo deste pressuposto, ele é responsável pelo que está fazendo e não necessita de sugestões.