quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

sobreviva

Eu tava escrevendo com uma frequencia muito maior. Mas travei. Sentia que precisa escrever. Nem que fosse pra deixar salvo numa pasta desse lixo de computador ou deletar o arquivo um tempo depois. Sem me preocupar com a afetação disso tudo. Mas simplesmente eu tava travado. Passei uns dias em taubaté e tinha certeza que ia escrever um texto comparando dois rolês que aconteceram lá: um role hippie selvagem e um rolê que acontecu/começou em um apartamento com uns playboys dançando na frente da televisão num nintendo wee. Eu simplesmente travei na hora de escrever. E não to afim de ir atrás de motivos. O Dito me ligou e eu renovei meu emprego por mais um ano. Eu já tinha desencando e tava me considerando um desempregado. Eu fiquei feliz e fiquei puto em dois minutos depois por ter que aparecer aqui e viver na solidão por 2 meses em espaços de quatro dias. Eu posso até tentar falar do rolê das pessoas dançando. Entrei no apartamento e aquele ar preconceituoso me dominou. Ok, sou um lixo. Ouvi meninas falarem sobre investimentos na bolsa e tudo o mais. Não que eu seja hippie como as pessoas do rolê primário, mas eu também nao tô nenhum pouco afim de falar sobre investimentos, apesar deu querer ganhar dinheiro pra pagar um aluguel e algumas contas. Eu tive sorte, e pessoas do meu lado também nao tavam nem aí. Eu sou menino o suficiente pra querer entrar no site da uol pra saber pra qual clube o Ronaldinho Gaúcho foi. Fodase. Hoje eu tô aqui, na verdade eu to
aqui desde terça e eu nao aguento mais os onibus e rodoviárias. Mas na verdade eu aguento muito mais. Porque a gente sempre aguenta muito mais. É tempo de chuva. Ontem eu resolvi dar um rolê nessa solidão. Andei até o sesc. Li umas revistas e tentei arriscar um Rubem Fonseca que tava lá na breve biblioteca sesciana. Na moral, achei o Rubem Fonseca bem mais ou menos, e por tudo que ouvi falar dele, espero que eu tenha pegado um livro errado. Mini textos com uma sensibilidade forçada e uma malandragem tosca. Acho que o livro se chamava Amor, e tinha uns contos de 4 páginas cada um em média. Trabalhar tá bem tranquilo, mas promete ficar complicado com a mudança geral que ta acontecendo aqui. Mas por enaquanto tá tranquilo e eu to chegando meia hora mais tarde e saindo meia hora mais cedo, e isso tudo legitimado! Hoje resolvi tomar umas no bar antes de caminhar até o sesc novamente. NIsso o relógio já marcava umas 7 e pouco. A chuva nao tinha dado trégua das 9 as 13h. O que me deixava tranquilo quanto a um banho no meio da rua. Mas eu tava andando do lado oposto da ciclovia e as nuvens começaram a pesar. Resolvi voltar pro bar depois de 5 minutos de caminhada. Foi uma atitulde adulta! Realmente eu voltei pro bar e dali 5 minutos a chuva chegou com tudo e eu me senti um caipira esperto e seco e entendedor da nautureza. A tia Lila me conta sobre vender fiado. Ela fala algo do tipo: se o vacilão vem aqui e me fala que ta com fome, eu dou uma coxinha e ele some, mas o que me irrita é esse papo diário de que tô sem grana e nunca paga...Um dia o Brubs disse: Esse formato de: então me vê mais uma brahama e o post termina já encheu o saco. é bem capaz que ele tenha razão.

2 comentários:

Bruno disse...

que tesão estão os posts

amanda. disse...

tem um conto da Clarice que chama Amor, é muito bom.