Que dia! Dormi das 10h00min da manhã às 15h20min da tarde. Como um sonho! Ainda mais nessa tarde fria chuvosa, muito fria e muito chuvosa. Mas não foi tão legal assim...
Ontem, fui dormir lá pelas 04h23min. Não tava ocupada, não tava com insônia, não tava com nada, decidi fazer croquetinhos depois da novela das oito, acabei meia-noite, aí falei: vamo joga um play? Resposta: vai ligando!. Eu fui ligando e falei: tem que ser só uma hein, vou tomar banho ainda! Resposta: beleza! Mas aí o infeliz perdeu a primeira (nos pênaltis, mas perdeu, além de tudo eu joguei bem melhor) ele quis jogar de novo, perdeu mais uma, quis outra, ganhou e eu, que não ia dormir com a derrota, quis mais uma, destrui e fui tomar banho. 2h00min. Todo o ritual acabado. Deitei uns quarenta minutos depois e fiquei lendo... A ultima vez que olhei no relógio era umas 4h22min. Enfim, acordei às sete e vinte... Meu tava chovendo, que merda! Levantei, me arrumei, fui comer um croquetinho de ontem, adivinha se tinha! (o Lu deitou depois de mim), comi uma banana mesmo e fui pra aula. Que dia horroroso! céu cinza, chão cinza, moletom cinza, neblina cinza. Queria morrer. Cheguei na sala, fiquei lá tchongando. Vi um pouco de aula. Foi aí que eu decidi! Vou passear pelo colégio! Parece afetado. Não foi, aconteceu mais naturalmente. Mas foi uma decisão. Acho que tive uma epifania, eu não sei o que é epifania, mas a palavra combina muito com o que me aconteceu.
Saí da sala, aquela lá do 3º colegial. Ia tomar água mas não via nenhum bebedor, fiz uma forcinha, lembrei onde era e ele apareceu lááá no fim do corredor à esquerda saindo da sala. Nem tava com sede. Desci as escadas à direita do bebedor (adoro aquelas escadas, quando eu comecei a ter que subir achei muito legal, a gente era grande agora!). Fui lá no banheiro dei uma olhadinha....Sentei no lugar de sempre do intervalo. Deu vontade de chorar. Mas aí passou a irmã Mosca e ficou tudo bem. Fui lá nas quadras: o Lu e o Moleza tavam pendurados na trave, o Jamil tava brigando com a Mariane, o Du comendo o lanche do Rafão, o Lopes tava conversando com o André (professorzão) a Zá brigando com o Lu e com o Moleza. Subi. A barra da minha calça rasgada e o meu moletom branco transparente e enorme eram maravilhosos; meu pai tava indo me buscar pra almoçar arroz, feijão, polenta (aquela caldinho) e franguinho, isso era tradição nos dias frios. Que vontade de chorar.
Chamada da aula da facul: Eu! Tchau meninas!
Cheguei em casa decidida, ia dormir. Como diz o Lu eu sou uma menina decisiva.
Liguei a TV. Deitei. O ônibus tinha caído do viaduto em São Caetano. Sempre tive um medinho disso acontecer, mas achei que não dava, sei lá. Enfim a repetição das noticias e o barulho do Globocop me fizeram dormir.
Tava no pólo (na sala de Pc’s da facul) o João Guilherme ligou, ele tava lá nos confins da Austrália. Tava bêbado, queria falar com o Lu mas se contentou comigo. Fiquei toda felizona, afinal era o JG , e da Austrália! De repente eu tava em casa, o Jão ainda no telefone, mas agora era jogo da seleção, ele nem ligava de gastar todo o dinheiro do mundo ligando, tava maluco. O Desão chegou todo bêbado em casa, o Lu e o Moleza tavam lá de boa. O Desão levantou, foi vomitar. O Lu tava rodando no quintal (rodando mesmo, com os braços abertos e tal), pra mim tava tudo nos conformes. O Moleza tava morrendo no tapete e eu no sofá. Já tínhamos conversado sobre nossa preocupação com o lu rodando, mas o pior era o desão agora. A gente sabia que nenhum de nós queria estar exatamente onde estava, mas o desão ainda não tinha a “malicia” ou ignorância de continuar , mas ele tinha que continuar! Era mais seguro. Logo, a gente tava preocupado.
Nesse dia eu tava pirando em outra idéia, ele, o Desão tava gastando todo o dinheiro dele a toa, parou de ir na Tuca e tava mais estranho que nunca. Encanei que ele ia pra São Caetano e pular dum viaduto, bem na hora que o trem fosse passar. Não sabia mesmo o que fazer, que desespero. Pedi pro moleza ligar o ventilador, tava calor pra pensar, era só ele esticar o pé e apertar o botão. Acordei eram 15h20min, tava chorando e toda suada de calor, tirei os três cobertores de cima de mim e pensei: eu sonhei ou não? Foi tipo quando eu era pequena e sonhava que voava, aí tinha certeza que eu voava mesmo, ia na escada, tentava, subia no banquinho tentava, mas o insucesso nunca era o suficiente pra me convercer, sempre ficava a dúvida: eu sonhei?
3 comentários:
oi lele
Eu coração lele...
eu nao comentei aqui pq tava com medo de "estragar" a obra com um comentario lixo. Mas esperava mais repercussao deste que foi o melhor post em alguns anos...
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