Em uma declaração ao Jornal do Brasil, você disse o seguinte: "Se tiver escola e dinheiro, pobre se vira para buscar cultura. Se precisar, vai ver filme e comprar disco. Ele já pode ver filme na televisão porque tem gato, não paga conta de luz, não paga TV a cabo. Pobre se vira". Desta forma, porém, é o contribuinte que acaba bancando essa busca do pobre a cultura. Qual a sua opinião sobre isso (pirataria, direito de propriedade intelectual, direitos autorais)?
DM - Era uma blague. Quem banca a cultura são os impostos. No Brasil, toda a cultura é subsidiada e está sujeita, neste caso, à chantagem do governo e custa caríssimo. A gente acabou de ver uma série de reportagem sobre os novos financiamentos da Petrobrás no cinema nacional. É dinheiro jogado fora. Não tem que ser assim. O pobre se vira e o rico se vira. As pessoas devem ter a chance de buscar a cultura, se tiverem necessidade dela. Cada um vai buscar do jeito que puder. Não é só pobre que faz gato: o rico também faz gato e baixa material na Internet. As pessoas devem buscar o acesso à cultura que puderem.
Se uma empresa brasileira quiser investir em cultura, você é a favor de leis de incentivo para essa finalidade?
DM - Não. Não sou a favor de leis de incentivo. Eu acho que precisam existir empresas que saibam fazer filmes e obras culturais que dêem retorno financeiro ou de imagem para elas. A partir do momento que a gente conseguir fazer algo que dê um retorno de imagem e financeiro para as empresas, vai ser conveniente. Está cheio de gente que ama teatro, sinfonia e orquestra que pode manter uma orquestra sinfônica por vaidade ou retorno de imagem.
A gente já viu na imprensa a classe teatral e artística defendendo essas leis de incentivo. O que você diria para eles?
DM - É lógico que eles defendem, porque é o dinheiro deles. Eles ganham com isso. Não é surpreendente que eles defendam o próprio bolso. Eles não têm que dar opinião sobre isso. Eles são a parte interessada. É um conflito de interesse enorme. O artista não tem que ficar dando palpite sobre financiamento público, pois ele está recebendo.
No Manhattan Connection do dia 17 de junho você deixou bem claro que o ideal é "quanto menos governo melhor". Na sua opinião, quais áreas devem ter a participação do Estado? (Saúde, educação, justiça, segurança, economia). E quanto de participação deve existir, no caso?
DM - Na segurança, sem dúvida nenhuma. Eu acho que é uma função do Estado garantir a segurança para todos os cidadãos. O resto eu acho que pode ser misto. Uma forma de administração mista ou inteiramente privada.
O que você pensa sobre a vaia que Lula recebeu na abertura dos jogos Pan-americanos?
DM - Eu acho que existe uma divisão no país: uma grande fatia da população comprada que apóia Lula e uma minoria que sente algum tipo de aversão ao presidente Lula como nunca houve em relação a nenhum outro governo. E acho que essa minoria está mal representada pelos políticos de oposição e na imprensa. Acho que há uma demanda reprimida por vaias.
Agora leiam alguns comentários...
“Aff! :x saque só o nivel da mensagem de uma Lulista![um rapaz em cima aloprou o DM] a entrevista é muuito boa como todas as q ele participa! (: e por favor, apioar o Lula...quem pode ser capaz de assumir...ateh aceito vc gostar dele..mas ter coragem de dizer...lava a boca! aff :x”
[essa é muito boa]:
“Meu comentário é suspeito, pois admiro o Mainardi. Mainardi é uma enciclopédia. Deveria ter sido mais explorado pelo entrevistador.”
Um comentário:
AUhaUhaUahUahUhauhauahuhauhaUhauhau
tipo... ridiculo
Postar um comentário