quarta-feira, 14 de maio de 2014


Aquela janela sempre me lembrava onde eu estava.
A luz clara rasgava todas as noites. Os dias eram bem mais longos.
As árvores com seus galhos marrons e poucas folhas se postavam na paisagem com suas casas de tijolos vermelhos ao fundo.
Aquela janela sempre me lembrava onde eu estava.
E eu saia todo dia com o casaco na mão pra sentir aquele frio. O frio era diferente. Um ar gelado e confortável.  Que transpassava pelo fio entrelaçado da roupa. O frio era diferente.
Depois parava em uma das esquinas e, após colocar a mochila no chão, vestia o casaco. Ainda estava gelado. O frio era diferente.
Perambulei por essas ruas por quase todo o tempo. Andei no dia e na noite.
Vaguei pela noite por horas. Enquanto ouvia todos os sons e queria tocar em todas as luzes. Sentia todo o amor e o amor de todo mundo. Meu corpo formivaga.
Aqui se pode sentir os sons em suas mãos e tocar em todas as cores.
Muitas coisas já passaram por aqui, como a história do mundo, o meridiano de Greenwich, os Beatles e até os Adabos.

Um comentário:

lucas disse...

do caralho!