Aquela janela sempre me lembrava onde eu estava.
A luz clara rasgava todas as noites. Os dias eram bem mais longos.
As árvores com seus galhos marrons e poucas folhas se
postavam na paisagem com suas casas de tijolos vermelhos ao fundo.
Aquela janela sempre me lembrava onde eu estava.
E eu saia todo dia com o casaco na mão pra sentir aquele
frio. O frio era diferente. Um ar gelado e confortável. Que transpassava pelo fio entrelaçado da
roupa. O frio era diferente.
Depois parava em uma das esquinas e, após colocar a mochila
no chão, vestia o casaco. Ainda estava gelado. O frio era diferente.
Perambulei por essas ruas por quase todo o tempo. Andei no
dia e na noite.
Vaguei pela noite por horas. Enquanto ouvia todos os sons e
queria tocar em todas as luzes. Sentia todo o amor e o amor de todo mundo. Meu
corpo formivaga.
Aqui se pode sentir os sons em suas mãos e tocar em todas as
cores.
Muitas coisas já passaram por aqui, como a
história do mundo, o meridiano de Greenwich, os Beatles e até os Adabos.
Um comentário:
do caralho!
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