quinta-feira, 27 de março de 2008

proer x bolsa familia

depois de muito tempo sem postar no blog, resolvi colar aqui pra fazer uma comparacao.

eu preciso achar algum maluco lixo qualquer falando mal do assistencialismo, como ja é tradicao vou procurar algo sobre o famoso diogo mainardi no google, ja volto.

pronto, foi bem facil : "É igual ao Bolsa Família. O assistencialismo tem esse efeito perverso – produz párias, produz dependentes, tanto no cinema quanto na sociedade"

tem mais: "O assistencialismo rende votos aos políticos e imunidade aos criminosos"

dioguinho, como se pode notar,
é um critico ferrenho do assistencialismo. sabemos que tal opiniao é bem difundida entre nossos cidadaos classe-media.

eis que surge a duvida: todos que compartilham dessa opiniao se esqueceram de criticar tambem o
Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), que nada mais é do que um assistencialismo aos amigos banqueiros.

ADENDINHOS:

1. (wikipedia) PROER é um programa brasileiro e tem a finalidade de recuperar instituições financeiras que estejam com problemas financeiros. (pra nao ter erro de alguem falar que nao seja assistencialismo)

2. o programa proer foi feito em 1995/96 --> governo fhc

*luquinhas, diretamente de araraquara

quinta-feira, 20 de março de 2008

São Paulo... ê São Paulo...

por Mino Carta.


Diatribe Paulistana

São Paulo é o recanto mais reacionário do Brasil, concordo plenamente. Sou um genovês paulistano porque de certa forma me acostumei. Mas a cidade mudou demais, aquela que conheci em agosto de 1946 era muito diferente, embora a semeadura da arrogância, a retórica da “locomotiva do Brasil” e da “metrópole que mais cresce no mundo” começassem a deslanchar. Eu era muito menino, não percebi. Um livro muito interessante, “Orfeu Extático na Metrópole”, de Nicolau Sevcenko, conta essa história e localiza o momento em que a terra das grandes greves organizadas pelos anarquistas e pelos socialistas sucumbiu diante da prepotência dos senhores de café e da indústria nascente. Início dos anos 20. Além do mais, São Paulo é feia, cada vez mais feia, e monstruosamente desigual. O atual prefeito Kassab esmera-se para tirar os postes da Oscar Freire, a rua das grifes, ou de refazer as calçadas da Avenida Paulista, enquanto a periferia, e até áreas menos plebéias, não têm esgoto e galerias de águas pluviais. Sem contar a presença avassaladora de um esgoto ao ar livre representado pelos rios Pinheiros e Tietê. De caso pensado, os donos do poder paulistano cuidaram de racionar os espaços públicos até a penúria absoluta. Houve tempo em que os habitantes iam ao aeroporto de Congonhas e, deleitados, entregavam-se à sublime diversão proporcionada por aviões que pousam e levantam vôo. Hoje vão aos shoppings, movidos pela sanha consumista, ignaros e manipulados, a desconhecerem a importância da praça onde o povo discute e enfrenta os problemas coletivos. E os senhores, cheios de empáfia provinciana na exposição de falsos refinamentos? Freqüentam a Daslu e a Expand, reúnem-se em happy hours clangorosos e pelos restaurantes de uma ridícula “capital gastronômica do mundo” onde é muito difícil comer bem, e pronunciam frases feitas, lugares comuns e banalidades, aprendidos na leitura do Estadão, da Folha, da Veja e de Caras.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Começo de temporada

Março de 2008, começo de temporada, o grupo ainda está desentrosado, o pessoal ainda não se estabilizou. É normal que o blog alterne altos e baixos. Aos poucos, a equipe ganha a "cara" do treinador. Tivemos algumas baixas, mas a diretoria já está providenciando reforços. A presença da torcida, que sempre dá um show à parte nos comentários, é muito importante.

Viva o UG!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Inspirados por Varela, o CQC vem ai

Segunda Feira, 17/03, estreia o programa CQC - custe o que custar, pela Bandeirantes.
Uma mistura de jornalismo com programa humoristico. Ja existe um trailler circulando pelo youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=DNEukLbxKas&eurl=http://marcelotas.blog.uol.com.br/

Nas palavras de Tas, lider da trupe:

"Sim, é um programa de humor e também um resumo semanal de notícias. A mistura que sempre acreditei: para entender este mundão sobrecarregado de informação só mesmo com as bençãos do humor. Mas sem perder a seriedade, já que os protagonistas das notícias- os poderosos de plantão- geralmente são os que estão neste mundo de brincadeira com a nossa cara."

Ao que parece, a ideia é semelhante ao antigo (e genial) personagem de Tas, Ernesto varella, o reporter cara-de-pau! Aquele que fazia as perguntas mais diretas e ousadas a pequenos e grandes personagens de nossa republica.
Fica aqui uma lembraça do mestre:

http://www.youtube.com/watch?v=ouD3VwhOZIw

domingo, 9 de março de 2008

Não é apenas mais um esporte bretão...

Um achado, esse texto mostra porque o futebol é o futebol, e nao qualquer outro esporte...

O Estádio Conde Rodolpho Crespi, conhecido popularmente por Rua Javari, é um templo sagrado do futebol paulista.



O campo do Juventus da Mooca já abrigou diversas partidas inesquecíveis, como o tão citado jogo em que Pelé marcou aquele que ele mesmo considera seu gol mais bonito - o que lhe rendeu um busto no local, odiado pelos torcedores do "Moleque Travesso" e colocado ao lado do de Clóvis, herói grená eterno.



Por conta da sua importância, e do papel histórico do Juventus na institucionalização do futebol profissional em São Paulo, até hoje a Federação Paulista permite ao clube da Mooca disputar campeonatos em um estádio sem iluminação - regalia que não é concedida a outros clubes do interior do Estado, por exemplo.



Quem já foi ao Estádio sabe que ali resiste o espírito de uma época em que o futebol era muito mais jogo e muito menos negócio.



Hoje, ao mesmo tempo em que Juventus e Noroeste fizeram ontem ali a partida de abertura do Paulistão 2008, em outros tantos campos do Estado continua seu curso a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Um campeonato que já foi, para muitos, um dos melhores momentos do futebol do ano todo.



Mas que hoje se transformou em um imenso supermercado de pré-jogadores.



Curiosamente, a Rua Javari não faz parte dos campos utilizados pela Copa São Paulo - o único estádio da capital utilizado no torneio (fora a finalíssima, que ocorre sempre no Pacaembu e que esse ano será no Morumbi por conta das obras no mesmo Pacaembu) é o Nicolau Alayon, de propriedade do Nacional Atlético Clube, principal rival do Juventus e que tem seu campo na Barra Funda, mas cujo espírito tradicional sucumbiu junto com o bairro - o que não aconteceu na Mooca.



Essa relação de oposição - criada pela minha cabeça - entre o campo do Juventus e a atual Copa São Paulo me fez pensar que pouco a pouco uma das poucas esferas de "resistência" do jogo em relação ao negócio, que é (ou era) o futebol amador, perde seu caráter lúdico e ganha mais "profissionalidade", que deixa o jogo chato de assistir e de jogar. O desinteresse dos mais velhos pelos torneios de juniores reflete isso: nem mais entre os juniores é possível para eles ver resquícios do futebol de antigamente, tão cheio de placares elásticos e jogadas memoráveis.



A questão que me incomodou e me inspirou a escrever a coluna de hoje deriva disso: aos espectadores mais jovens, a idéia de que o futebol é apenas isso, negócio desinteressado e sem paixão, acaba por maturar desde cedo, ou na “alma infanto-juvenil” (se é que isso existe) a vontade de brincar e a representação de heróis e ídolos que vestem a camisa do time do coração por amor ainda consegue falar mais alto?



Coube ao Ugo Giorgetti responder - parcialmente - isso pra mim:



O Corinthians nos olhos do menino

Por UGO GIORGETTI*

16/09/2007



Domingo último pela manhã, passando pela rua Javari vi, na frente do estádio do Juventus, um pequeno movimento que indicava jogo.



Entrei pensando que se tratasse de um jogo do Juventus.



Não era.



Iam jogar Corinthians e Noroeste, com seus times que em outros tempos eram chamados de juvenis ou coisa parecida.



Não tenho idéia de por que essas equipes iam jogar no campo do Juventus, e isso também não importa.



Os times entraram em campo, sob um sol terrível, e pelos aplausos e comentários pude reparar nos corintianos presentes.



A rua Javari é um estádio em que não há anônimos, não há multidão informe.



Você pode observar as reações de cada torcedor.



É como no cinema ou no teatro. Há de fato, nas arquibancadas da rua Javari, qualquer coisa do clima dos enormes cinemas de bairro, de antigas matinês de domingo, alguma coisa perdida para sempre, muito difícil de definir.



Bom, quanto ao jogo pouco a dizer.



Os garotos pareciam tentar desesperadamente jogar como os adultos no que estes têm de pior.



Poucas jogadas individuais, marcação forte, carrinhos e chutões.



Claro que havia alguns garotos em que se podia sentir a habilidade, mas desapareciam sob a marcação implacável.



Pude então me voltar para os espectadores, que talvez fossem mais interessantes que o jogo.



Chamou imediatamente minha atenção uma dupla: um menino de uns oito anos e um senhor ao lado, pela idade, o avô.



O velho estava recostado indolentemente olhando o jogo, não com desinteresse mas com certo, digamos, distanciamento.



Como se olhasse o jogo do alto da sua idade.



O menino não.



Torcia, como se estivesse no Pacaembu, num grande jogo.



E de repente o Corinthians fez um gol.



O velho apenas se mexeu, mas o garoto vibrou, pulando e gritando.



Me ocorreu que, para aquele garoto, o Dualib, a Polícia Federal, a MSI, os trambiques e negociatas não significavam nada.



Diante dele não estava o clube comentado nas reportagens policiais, com dirigentes estampados nos noticiários de tv, tendo de explicar o inexplicável.



Diante do garoto, ali no campo, estava o Corinthians.



Tenho certeza que nem lhe passava pela cabeça que aquele era apenas o time de base, o juvenil.



Que aquele jogo talvez não tivesse nenhuma importância na trajetória desse clube cheio de tradição.



O que ele via era a camisa branca, os calções pretos.



Era o Corinthians mitológico, eterno, que passa de uma geração para outra.



Quando o jovem jogador ainda desconhecido fez o seu gol o garoto vibrou como se fosse do Rivellino, do Sócrates, do Tevez.



E eu também compreendi que mesmo num pacato domingo de manhã, mesmo com o time juvenil, ali estava o Corinthians.



O menino continuava sem tirar os olhos do campo.



O velho continuava olhando o jogo de longe.



Pode ser que ele, sim, estivesse pensando no Dualib e no Kia, e no que aconteceu com seu clube.



Mas pode ser também que,pelo menos por alguns momentos, olhando os jovens jogadores no campo,ele tenha pensado em Cláudio, Luisinho, Baltazar, Carbone e Mário, que talvez tenha visto mais de cinqüenta anos atrás na mesma rua Javari.



Sempre o Corinthians, na memória de uns, no imaginário de outros, mais forte que os fatos.



O velho chamou o vendedor que vestia um garboso jaleco grená com um J bordado no peito.



Dividiram o amendoim torrado, o garoto sem conseguir desviar os olhos da partida.



Vi que o Corinthians estava salvo.



*Ugo Giorgetti escreve no Estadão aos domingos, é diretor de cinema (autor de "Boleiros", por exemplo) e...palmeirense.

sábado, 8 de março de 2008

Lucy in the sky...

Professor: Moisés agiu sob efeito de alucinógenos


O profeta Moisés estava sob efeito de poderosos alucinógenos quando desceu o Monte Sinai e apresentou ao povo judeu os Dez Mandamentos, afirma Benny Shanon, professor do Departamento de Psicologia Cognitiva da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Em um artigo provocador publicado esta semana pelo Time and Mind, um jornal dedicado à filosofia, Shanon considera que o consumo de psicotrópicos fazia parte dos rituais religiosos dos judeus mencionados pelo livro do Êxodo na Bíblia.

"Em relação a Moisés no Monte Sinai, trata-se de um acontecimento cósmico sobrenatural no qual não acredito, ou de uma lenda na qual também não creio, ou, e isso é muito provável, de um acontecimento que uniu Moisés e o povo de Israel sob o efeito de alucinógenos", afirmou o professor à rádio pública israelense.

"A Bíblia afirma nesse sentido que 'o povo vê sons' e esse é um fenômeno muito clássico, por exemplo na tradição da América Latina, onde se pode 'ver' a música", acrescentou.

Também mencionou os exemplos da sarça ardente e da Árvore do Conhecimento no Jardim do Éden, indicando que, nos desertos do Sinai egípcio e do Neguev israelense, há ervas e plantas alucinógenas que os beduínos ainda utilizam.

De acordo com o professor Shanon, as sociedades tradicionais xamânicas utilizam alucinógenos em seus ritos religiosos. "Mas essa utilização está submetida a regras muito estritas", explica.

"Fui convidado em 1991 para uma cerimônia religiosa no norte da Amazônia, no Brasil, durante a qual provei um preparado feito com uma planta, a ayahuasca, e tive visões de conotação espiritual e religiosa", acrescentou.

Segundo este pesquisador, os efeitos psicodélicos das bebidas preparadas com a ayahuasca são comparáveis aos produzidos pelas bebidas fabricadas com o córtex da acácia. A Bíblia menciona esta árvore freqüentemente, e sua madeira é parecida com a que foi utilizada para talhar a Arca da Aliança.


quarta-feira, 5 de março de 2008

Esclarecendo

Dinossauro é um objeto. Quando alguem chega, vc mostra ele: que legal, um dinossauro.


Agora, que graça tem um livrao? imagine vc falando: ah, eu tenho a ditadura...